Conforto Ambiental
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Desde o início do PMCMV em 2009, pesquisas científicas têm discutido e documentado uma série de melhorias necessárias não só para o atendimento das necessidades básicas de habitação, mas também para a promoção do bem-estar e conforto ambiental dos beneficiários. Segundo Moreira et al. (2020), é fato que as unidades habitacionais entregues pelo programa cumprem precariamente as necessidades básicas dos usuários, ocasionando uma negativa noção de bem-estar. Referir-se ao conforto ambiental no âmbito desta pesquisa, engloba a qualidade do ambiente interno das habitações considerando fatores como a temperatura, umidade relativa, ventilação, iluminação e acústica. Assim, neste item são documentados e discutidos criticamente os estudos encontrados a respeito do tema.
Para apoiar a revisão de literatura acerca do tema “conforto ambiental e avaliação pós-ocupacional em HIS no Brasil” foram incluídas as pesquisas referenciadas no artigo de Kowaltowski et al. (2019) relacionadas ao conforto, que analisou um total de 2.477 estudos científicos sobre o PMCMV. Como uma das principais conclusões desta pesquisa, chama a atenção a afirmação de que poucos estudos foram encontrados para avaliar as condições de vida na perspectiva do usuário na escala da unidade residencial (Figura 6).
Anteriormente à primeira pesquisa citada, Kowaltowski et al. (2015) publicou um trabalho focado nos métodos e instrumentos de avaliação de projetos destinados à habitação social no Brasil. É interessante notar que nesta pesquisa os autores afirmam que, de forma geral, os estudos de APO (avaliação pós-ocupação) em HIS no Brasil evidenciam altos níveis de satisfação dos ocupantes, o que possivelmente está relacionado à situação precária de moradia anterior destas famílias. Neste sentido, fica evidente a importância das análises cruzadas de forma complementar às avaliações, o que pode sugerir que as medições devem ser complementadas com as avaliações subjetivas para a verificação de desvios culturais e locais relacionados aos critérios de aceitabilidade e conforto destas famílias. A partir de indicadores mais consistentes, é possível o comparativo com literaturas e estudos nacionais e internacionais para entender tais complexidades.
Braga (2013) avaliou o desempenho térmico de habitações térreas e unifamiliares de um programa de moradia social local, que abrigou pessoas que viviam em áreas de risco e sujeitas a inundações, com um contexto razoavelmente similar ao PMCMV. Focou-se na avaliação de desempenho térmico segundo a NBR 15220-3 (2005), e em edificações construídas e em uso localizadas no bairro Sumaré, município de Sobral, no Ceará (total de 10 residências, com entrevistas que aconteceram em dois dias sucessivos). Em conjunto, foram realizadas medições ambientais (temperaturas internas e externas usando um termo-higrômetro) juntamente com a avaliação de conforto térmico de seus usuários por meio de questionário, visando cruzar os dados medidos com a opinião dos entrevistados. É interessante destacar que a autora procurou focar nas edificações que não apresentassem alterações em relação ao projeto original entregue. Dentre os resultados observados na pesquisa, verificou-se que as habitações avaliadas possuem desempenho térmico insatisfatório, o que refletiu também na opinião dos entrevistados, que consideraram suas habitações termicamente desconfortáveis.
As medições ocorreram durante o verão. É possível notar durante a apresentação e discussão dos dados da pesquisa que os valores de temperatura do ar interno registrados durante as medições em campo estavam acima de 30°C, com umidade relativa entre 40 e 50% (Figura 7). Os votos de sensação térmica registrados se localizaram na escala positiva de sete pontos (com calor e com muito calor), preferência sempre por um ambiente mais refrescado e voto de desconforto térmico (Figura 8). Embora seja a única pesquisa encontrada durante a revisão que registrou dados de medições ambientais em conjunto com a aplicação dos questionários, a apresentação dos resultados foi muito simplificada, e pouco pode se concluir analisando externamente. Dentre as análises relacionadas à norma de desempenho, a autora verificou que a área das aberturas eram superiores ao recomendado para a zona bioclimática avaliada (ZB 7), e que não havia sombreamento mínimo em nenhuma delas.
Ao analisar a satisfação dos beneficiários do PMCMV, o aspecto do conforto ambiental foi levado em consideração em poucas questões pelo IPEA (BRASIL, 2014). A Figura 8 apresenta a parte dos questionários no qual observam-se as questões relacionadas à unidade habitacional, e que envolvem os aspectos de conforto. Ressalta-se que foi utilizada a escala Likert de 7 pontos, no formato “Discordo plenamente” para “Concordo plenamente”.
Dentre os resultados da pesquisa que estão focados na satisfação dos moradores com atributos do conforto ambiental (temperatura, iluminação e umidade), destacam-se os discutidos a partir da Figura 8 e Figura 9. Observa-se na Figura 9.a que o quesito iluminação foi o que recebeu a melhor avaliação (média Brasil de 8,91) dentre os demais relacionados ao conforto. Em todas as regiões as médias foram altas e, de forma geral, superiores aos demais quesitos. Com relação à umidade, a média de satisfação dos beneficiários do programa foi menor (6,21), seguida do quesito temperatura (5,34), que recebeu a pior nota de avaliação. Segundo o relatório de resultados (BRASIL, 2014), vale notar o valor atribuído à umidade no empreendimento Meu Orgulho, de Manaus. É destacado no relatório que, “além de ser bem inferior à da média da região Norte, ela é a menor de todas as unidades representativas”. Nesse resultado, pesa a elevada umidade relativa do ar em Manaus. A visita ao empreendimento mostrou, também, que há um uso muito frequente de equipamentos de ar condicionado nessas residências, o que resfria as paredes de concreto e causa a condensação da umidade do ar.” (BRASIL, 2014, pg. 80).
Ainda com relação à Figura 9.a, e ao quesito temperatura, é possível observar que as regiões Norte e Centro-Oeste apresentaram médias baixas (3,78 e 4,71, respectivamente), o que também ocorre nos estados mais quentes da região Nordeste. No relatório, é realizada uma avaliação das notas referentes à temperatura de acordo com a localização e região do país, verificando-se que as piores médias ocorreram nas regiões de climas mais quentes localizadas ao Norte e Nordeste. Dentre as notas da região Sul, verificou-se que, quanto mais ao Sul, menor era a nota atribuída à temperatura. Um outro ponto importante verificado no relatório refere-se às notas atribuídas ao quesito umidade, relacionadas negativamente com as médias atribuídas ao quesito satisfação com a temperatura (Figura 9.b), o que sugere que as áreas com maior conforto relacionado à temperatura apresentam, em geral, menor conforto com relação à umidade do ar.
Dentre as conclusões do relatório, é importante documentar que as notas atribuídas à satisfação em relação às moradias foram elevadas. Como afirmam os autores, na média nacional, quando expostos à afirmação “Estou muito satisfeito com a nova moradia”, a reação de concordância plena com a afirmação prevaleceu, gerando uma pontuação de 8,77. Quando expostos à afirmação “Mudar para essa nova moradia fez minha vida melhorar”, a concordância também foi alta, resultando numa avaliação de 8,62 pontos. O elevado grau de satisfação não implica uma aceitação total e sem indicações de pontos críticos do PMCMV. O conjunto das respostas, de fato, indicou uma melhora geral das condições de vida dos beneficiários, contudo, também apontou que a sensação de conforto nas moradias não era a ideal, que o entorno e a localização dos empreendimentos tinham inadequações e que, para algumas famílias, o custo de vida com despesas ligadas ao domicílio crescerá.” (BRASIL, 2014, pg. 101).
Neste sentido, cabe discutir a inexistência de medições ambientais para confrontar com os resultados obtidos, o que tem sido uma reticência recorrente nos estudos encontrados. Ao final da pesquisa do IPEA, análises estatísticas complementares concluíram que dentre as características pessoais dos moradores entrevistados, as variáveis mais influentes nos votos de percepção de satisfação em relação às moradias foram o tempo de residência na habitação e a condição do entrevistado na família. Ou seja, quem residia há mais tempo no empreendimento teve uma postura mais crítica (menor satisfação), enquanto moradores secundários em relação ao chefe da família (filhos, genros, noras e sogros) entregaram avaliações mais positivas. Além disso, o grau de satisfação com as habitações da tipologia “sobrado” (unifamiliar) também foram significativamente mais elevadas que nos demais tipos de moradia. Ainda, quanto maior o impacto da redução do aluguel, maior era também a satisfação das famílias no resultado geral da pesquisa.
Pinto et al. (2018) publicaram uma pesquisa proveniente de uma dissertação de mestrado que visou identificar como os usuários de UHs multifamiliares de faixa 1 do PMCMV avaliaram sua moradia quanto às condições de conforto térmico e, ainda, quais as principais técnicas utilizadas para a melhoria do ambiente térmico. De forma resumida, o método proposto considerou algumas visitas técnicas no empreendimento, observações e aplicação de entrevistas por meio de questionários. É interessante destacar que, neste estudo, houve uma comparação baseada nos votos subjetivos entre a moradia atual e a anterior de usuários localizados em Pelotas, RS. Ao todo, foram 31 moradores entrevistados. Dentre os principais resultados observados, destaca-se a avaliação da temperatura e a comparação entre a moradia anterior com a atual nos meses mais quentes (Figura 10) e meses mais frios (Figura 11).
Além disso, observou-se que a residência atual apresenta um percentual maior de votos que consideram as condições muito desagradáveis no verão em comparação com a moradia anterior; por outro lado, o inverso ocorre na avaliação dos períodos do inverno, em que a moradia atual foi considerada mais agradável que a anterior. Um outro resultado interessante, é que, no geral, os ocupantes consideraram estar muito satisfeitos com a mudança de uma habitação para a outra. Os resultados das entrevistas apontaram para uma maioria de entrevistados que utiliza o ventilador como opção para amenizar o desconforto térmico no verão. Um outro dado observado é que 15 dos 240 (6,3%) apartamentos possuem ar-condicionado. Na avaliação dos autores, concluiu-se que a troca da moradia anterior para a atual, promovida pelo PMCMV, não foi benéfica ao usuário do ponto de vista do conforto térmico, já que entendeu-se que na residência antiga as condições de conforto térmico eram igualmente ruins ou piores. No entanto, os autores foram reticentes em relação ao menor percentual de avaliações negativas quando os ocupantes compararam as condições térmicas do verão na residência antiga com a atual. Vale acrescentar que nenhuma informação a respeito da estação do ano em que as entrevistas ocorreram foi incluída na publicação.
Ferreira (2019) avaliou o desempenho térmico e acústico de unidades habitacionais unifamiliares do PMCMV localizadas em Governador Valadares – MG por meio da NBR 15575 (2013), bem como a satisfação e a percepção de seus ocupantes por meio de questionários. Foram medidas a temperatura do ar interno em 3 unidades e o nível de pressão sonora interno e externo à edificação em pontos diversos durante o dia e à noite. Dentre os principais resultados observados nesta dissertação de mestrado, verificou-se um alto grau de satisfação com a residência atual em comparação com a anterior (Figura 12). Em relação à satisfação com a condição térmica nos cômodos de permanência prolongada da habitação, verificou-se aproximadamente 50% de insatisfação durante o verão, e 30% durante o inverno. Os moradores relataram elevado consumo de energia em sua maioria (cerca de 51,57% relataram perceber elevado consumo, 43,31% relataram perceber consumo regular e 5,12% relataram perceber baixo consumo). Quando questionados sobre a principal fonte de consumo, indicaram o ventilador (43,70%), seguido do televisor (29,13%) e geladeira (21,65%). Cabe destacar que as unidades habitacionais dispunham de aquecimento solar de água instalado. Outros consumos somam 5,52%.
Ainda na pesquisa de Ferreira (2019), cabe destacar que as medições de temperatura realizadas fora do período de aplicação do questionário indicaram valores de temperatura interna do ar superiores aos valores observados no exterior. Em relação à acústica, embora os moradores tivessem entregado uma avaliação positiva relacionada aos níveis de ruído em suas habitações, as medições realizadas demonstraram não conformidade com as normas consultadas (NBR 10152 e NBR 10151).
Na pesquisa de Bortoli e Villa (2020), o conforto ambiental é entendido como um dentre vários atributos facilitadores da resiliência no ambiente construído. E a partir desta premissa, as autoras aplicaram uma pesquisa APO focada em indicadores de conforto com base na NBR 15575:2013 em um empreendimento de residenciais unifamiliares que faz parte da primeira fase de implantação do PMCMV (0 a 3 salários mínimos), entregues entre 2010 e 2012 na cidade Uberlândia (MG). A pesquisa partiu de 4 instrumentos APO elaborados e aplicados no empreendimento: coleta de dados, questionário do pesquisador, questionário do morador, e walkthrough. Os indicadores considerados foram o desempenho térmico da edificação, a estanqueidade dos vedos e esquadrias, estanqueidade acústica e condições de iluminação, ventilação e umidade relativa. Foram efetuadas medições ambientais, seguindo-se o protocolo da NBR 15575-1:2013; no entanto, as medições e a aplicação dos questionários não foram efetuadas simultaneamente, o que compromete a interpretação e análise dos resultados obtidos. Dentre os principais resultados encontrados, destacam-se: 1) desconforto por calor observado em todos os cômodos da unidade habitacional durante a primavera/verão, especialmente nos quartos (~70% dos votos “muito quente” e “quente”, Figura 13).
É interessante observar que, mesmo durante o outono/inverno, houve votos de avaliação muito quente e quente nas UHs; 2) uma grande parte dos moradores disseram utilizar ventiladores para a melhoria das condições térmicas (~63%), enquanto 2,5% dos moradores afirmaram utilizar o ar-condicionado (Figura 14); 3) boas condições de iluminação natural observadas em todos os cômodos da UH (Figura 15). As autoras ainda destacam que a falta de ventilação e iluminação adequadas ocasionou o aparecimento de mofo em 90% das casas visitadas, e que mais da metade dos moradores disseram estar insatisfeitos com a acústica nos dormitórios das UHs, onde ocorre a geminação das edificações. Considerando o total de 175 lotes, a pesquisa abrangeu 40 aplicações de questionário do morador.
No produto elaborado pela FUSP (2021) para o projeto EEDUS é apresentado um método de avaliação pós-ocupação de empreendimentos do PMCMV, com a aplicação de 3 pilotos. Segundo o relatório, a metodologia para elaboração do diagnóstico socioterritorial contempla as dimensões urbana e social em três escalas: (1) do empreendimento (edificações e espaços comunitários); (2) do entorno (macro área onde se verifica o atendimento por equipamentos e serviços públicos à demanda do empreendimento) e (3) da cidade (onde as relações com a rede de transporte público, infraestrutura e dinâmica urbana são melhor compreendidas). A revisão desta pesquisa focou apenas nos pontos relacionados ao conforto ambiental, em que foram propostos como “avaliação física” o diagnóstico das condições de iluminação natural e artificial, térmica e acústica.
Partindo-se da avaliação da iluminação natural e artificial, o método proposto pela pesquisa elenca como objetivos principais a avaliação da incidência da componente da luz natural no interior dos ambientes; a incidência da componente da luz artificial nos planos de atividades (por exemplo: balcões de pia, mesas e outras superfícies onde são desempenhadas as várias tarefas do espaço domiciliar); e, a luz resultante do somatório das incidências natural e artificial atuando conjuntamente. Para tanto, é determinada a realização de medições durante o período diurno das componentes naturais e no período noturno as medições da componente artificial. A análise da componente natural baseia-se no Coeficiente de Luz do Dia (CLD) e o Fator de Luz do Dia (FLD), caracterizados por análises do tipo estáticas, que são pontuais e não caracterizam o potencial de aproveitamento da luz natural ao longo de um ano. Para avaliar o desempenho da iluminação artificial, utilizam-se os procedimentos de verificação de iluminância de interiores descritos no anexo da Norma Brasileira ABNT NBR ISO/CIE 8995-1 (2013).
Para a avaliação térmica, o método proposto segue com a avaliação focada nas variáveis: temperatura de bulbo seco; temperatura de bulbo úmido; temperatura superficial das paredes e tetos internos; umidade relativa do ar; velocidade do vento. Os critérios de avaliação propostos não são claros, e mesclam desempenho térmico e conforto térmico ao afirmar que “o desempenho térmico das unidades habitacionais seja avaliado seguindo a zona de conforto resultante do modelo de conforto térmico adaptativo proposto pela norma internacional ASHRAE 55 (2017)” (FUSP, 2021, pg. 55). Além disso, propõe-se ainda que os resultados das medições das condições térmicas sejam confrontados com as recomendações da norma brasileira ABNT NBR 15575 (2013) para o desempenho térmico da edificação. Para a etapa de medidas pontuais, propõe-se que todas as variáveis citadas sejam medidas em dois momentos de um dia, e para a etapa contínua (duas semanas) não ficam claras as variáveis a serem medidas a partir dos dataloggers propostos; no entanto, determina-se que as condições sejam monitoradas nos ambientes internos e externos, sem muitos detalhes dos procedimentos para a correta medição (posição de equipamentos, tempo de medição, precisão, cuidados, entre outros).
Finalmente, para a avaliação das condições acústicas, determina-se que sejam abrangidas minimamente duas condicionantes: os impactos dos ruídos externos nos ambientes internos e os impactos dos ruídos internos de um ambiente em relação ao outro. Para tal, os níveis de pressão sonora nos ambientes externos e internos devem ser medidos para a posterior comparação com os índices e critérios de avaliação determinados por Normas ABNT. Posteriormente à apresentação dos métodos para as avaliações em campo, a pesquisa segue com um item de simulação computacional e variações paramétricas, “que compreende as análises técnicas de natureza analítica para a requalificação arquitetônica de empreendimentos habitacionais no Brasil do ponto de vista do conforto térmico e luminoso, exclusivamente, sendo constituída das seguintes etapas: Diagnóstico Climático, Estudos de Insolação, Estudos de Conforto Térmico e Estudos de Iluminação Natural.” (FUSP, 2021, pg. 60). Embora a pesquisa tenha proposto a avaliação subjetiva com base na percepção ambiental do ocupante em sua residência, nenhuma proposta de questionário, validação ou resultados preliminares foram observados no documento final entregue. Dentre os resultados apresentados para a aplicação dos três pilotos propostos (Conjunto Habitacional Moradas do Buriti - Bauru/SP, Residencial Jaqueline - Belo Horizonte/MG, e o Residencial Asa Branca - Feira de Santana/BA) não houveram figuras relativas às avaliação de conforto por meio de medições ou de aplicação de questionários junto aos moradores. Todas as análises climáticas e de simulação computacional basearam-se nos arquivos climáticos das cidades em que se localizam os empreendimentos e projetos básicos de arquitetura das UHs.
O estudo de Liaw et al. (2023), também explorado no tópico de Envoltória, destacou três soluções para aumento do desempenho térmico de HIS em Uberlândia. Embora o estudo sugira tais alternativas como soluções simples, baratas e sustentáveis, é sabido que existem limitações relacionadas ao uso das janelas basculantes, que, na prática, não proporcionam 100% de ventilação e ignoram a necessidade de sombreamento nestes elementos. Ademais, o isolamento nas paredes pode representar dificuldades na transferência de calor entre os ambientes internos e externos e, principalmente, ter resultados pouco efetivos quando a edificação não é operada da mesma forma que ocorre a modelagem em um software de simulação computacional. Os resultados do artigo publicado estão limitados às avaliações focadas nos valores de temperatura de pico encontrados, não demonstrando o comportamento das soluções ao longo de um ano, e avaliações simplificadas de conforto térmico a partir do cálculo do PMV/PPD.
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